
LEPCáucaso
O Laboratório de Estudos dos Países do Cáucaso (LEPC), ao Programa de pós-graduação em História Comparada (PPGHC) e reúne pesquisadores docentes, pós-graduandos e graduandos, já titulados ou graduados, bem como orientandos, na pós e na iniciação científica na graduação. A pesquisa aborda relações internacionais, bilaterais e multilaterais, política internacional, integração e conflito, com o foco específico sobre os Estados do Cáucaso e as regiões adjacentes.
O estudo dos problemas, desafios, ameaças, riscos e também de benefícios com que se deparam os países do Cáucaso, possui uma relevância tanto para a análise de suas repercussões sobre as relações do Brasil com os países da região, no que diz respeito à política externa, comércio, questões sociais, direitos humanos e problemas transnacionais, quanto para o impacto que tal estudo teria sobre a análise de relações internacionais e de política internacional, em termos de ensino e de pesquisa, em nível de graduação e de pós-graduação.
O LEPC, estabelecido na UFRJ em 2014, já possui nos seus ativos produções intelectuais que comprovam a intenção, a perspectiva e a previsão de continuidade deste projeto científico: dissertações, trabalhos de conclusão de curso, eventos de extensão com o objetivo da divulgação científica, orientações de iniciação científica. Todas as produções estão relacionadas com os países e os assuntos da região do Cáucaso. O Laboratório publica Revista semestral “Cadernos do Cáucaso”.
Por que o Cáucaso? O objeto da pesquisa é novíssimo no Brasil, e apesar de ser ainda insipiente, vem se ampliando cada vez mais, devido, em parte, ao estreitamento das relações políticas, econômicas, comerciais, tecnológicas e culturais do Brasil com os países da região, sobretudo, em função da instalação, mais ou menos recente, das embaixadas brasileiras nos países transcaucasianos e em virtude das atividades de empresas e de outras instituições nacionais na região. No entanto, muito mais do que isto, a instituição de um laboratório de pesquisa sobre o Cáucaso é justificada pelo recrudescimento do significado geopolítico da região, após a Guerra Fria e na fase de uma nova Guerra Fria, apresentando um palco de novas configurações e tensões da política internacional, que são insuficientemente refletidas na historiografia de relações internacionais no Brasil e limitadamente exploradas na análise política externa contemporânea brasileira.
Historicamente, a região é conhecida como um espaço da coexistência das diferentes civilizações, da confluência de múltiplos povos, das religiões e culturas distintas, desde ariana e assíria, até cristã e muçulmana, bem como uma encruzilhada de rotas de comércio, inclusive o Caminho da Seda, e um campo de competição dos reinos da Antiguidade, das grandes e médias potências no Tempo Moderno e na Época Contemporânea. Vislumbrado, desde a desintegração da União Soviética, como uma espécie de “novos Bálcãs”, e mais tarde, como um elo da Iniciativa do Cinturão e Rota, o Cáucaso concentra um mosaico de nações e etnias linguístico-culturais bem diversas, hospeda alguns conflitos armados latentes, concentra densas atividades diplomáticas bilaterais e multilaterais e de cooperação econômica e comercial entre os países caucasianos e o mundo.
Rica em recursos naturais, em diversidade biológica, sítios arqueológicos, tradições culturais, a região caracteriza-se por uma intensa atividade política e estratégica internacional, devido ao surgimento no Cáucaso de uma nova realidade geopolítica - os três novos estados nacionais e os dois estados separatistas. A região do Cáucaso tem uma geografia complexa, por abranger a Ciscaucásia e a Transcaucásia, ou seja, o Cáucaso do Norte e o Cáucaso do Sul. Estas áreas geográficas constituem a confluência de oito Estados da região, separados por fronteiras que passam pelo Cáucaso e pela sua vizinhança próxima: Armênia, Azerbaijão, Geórgia, Irã, Rússia, Turquia, Abecásia, Ossêtia do Sul. O Cáucaso do Norte estende-se também a nove unidades federativas no território da Rússia (Adygueia, Daguestão, Inguchêtia, Kabardino-Balcária, Karatchaeivo-Circássia, Ossêtia do Norte, Chechênia, Distrito de Krasnodar, Distrito de Stavropol). O Mar Negro e o Mar Cáspio circundam a região aumentando a sua importância geopolítica e geoeconômica.
Atualmente cruzam-se, na região do Cáucaso, vetores das políticas externas e de segurança da Federação da Rússia, da OTAN, da União Europeia, dos Estados Unidos, do Tratado de Segurança Coletiva, bem como da União Econômica Eurasiática e da Organização para Cooperação de Xangai.
O estudo dos problemas, desafios, ameaças, riscos e também de benefícios com que se deparam os países do Cáucaso, tanto globais, quanto regionais, possui uma relevância para a análise de suas repercussões sobre as relações do Brasil com os países da região, no que diz respeito à política externa, comércio, questões sociais e humanitárias, problemas transnacionais, bem como para o impacto que tal estudo tem sobre a análise de relações internacionais e da política internacional, em termos de ensino e de pesquisa, em nível de graduação e de pós-graduação.
COORDENAÇÃO
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Prof. Dr. Alexander Zhebit (NEPP-DH e PPGHC/IE/CFCH/UFRJ)
EQUIPE DE PESQUISA
PESQUISADORES PERMANENTES (UFRJ)
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Profa. Dra. Patricia Sonia Silveira Rivero (NEPP-DH/UFRJ)
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Profa. Dra. Elitza Bachvarova (FL/UFRJ), pesquisadora
PESQUISADORES EXTERNOS
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Prof. Dr. Jorge Calvario dos Santos (ESG/GPPI/UFRJ)
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Prof. Dr. Fernando Velôzo Gomes Pedrosa (ECEME, UNIRIO)
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Prof. Dr. Jorge Luiz Pereira Ferrer (GPPI/IH/UFRJ)
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Prof. Me. Rodrigo Daniel Paiva Monteiro de Carvalho (Universidade de Coimbra), doutorando
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Nathana Garcez Portugal, doutoranda do Programa de pós-graduação em RI San Tiago Dantas (PUC-SP, UNICAMP, UNESP)
ASSISTENTES DE PESQUISA (variável)
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Andrey Augusto Ribeiro dos Santos (PPGHC/IH/CFCH/UFRJ), doutorando
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Rafael Esteves Gomes (PPGHC/IH/CFCH/UFRJ), mestrando
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Lorran Ícaro Moreira de Lima (UFRJ), graduando RI
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Lucca Simonetti Munhoz (UFRJ), graduando RI
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Pablo Guimarães Bandeira da Silveira (UFRJ), graduando RI
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Henrique Samorini Dalgobbo (UFRJ), graduando RI
